Canto das tres raças
-Clara Nunes-
Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
Do Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas como um soluçar de dor
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô, ô
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Sorriso Aberto
-Jovelina Pérola Negra-
Lá laia laia laia
Laia laia laia
Laia laia laia
Lá laia laia laia laia laia laia
Laia laia laia
Laia laia laia
Lá laia laia laia laia
Samba aqui, samba alí, samba lá
Lá laia laia laia laia
Lá laia laia laia laia
Pois é
É, foi ruim à beça
Mas pensei depressa
Numa solução para a depressão
Fui ao violão
Fiz alguns acordes
Mas pela desordem do meu coração
Não foi mole não
Quase que sofri desilusão
Quase que sofri desilusão (Tristeza)
Tristeza, tristeza foi assim se aproveitando
Pra tentar se aproximar
Ai de mim
Se não fosse o pandeiro e o ganzá e o tamborim
Pra ajudar a marcar meu tamborim
Pra ajudar a marcar...
Logo eu com meu sorriso aberto
E o paraíso perto, pra vida melhorar
Malandro desse tipo
Que balança mais não cai
De qualquer jeito vai
Ficar bem mais legal
Pra nivelar
A vida em alto astral
Pra nivelar
A vida em alto astral
Pra nivelar
A vida em alto astral
X2